segunda-feira, 20 de junho de 2011

O dom da depressão

Quanto mais penso
Mais se torna denso
Por mais que eu finja
Mais se torna cinza

Com o cérebro amarrado em correntes
Buscando encontrar alguma cor
O ser deprimente
Só encontra a dor

Sentenciado, abençoado ou mais um
Como poeira do universo
Resta-me escrever mais um verso
Sem um senso comum

Antes e depois sempre o mesmo
Criatura sem criador
Jogado a esmo
Falando palavras presas ao dissabor


A ruptura abrupta de uma mente
Cuja causa se faz distante
Faz-me chorar constantemente
Ora sorrindo, ora vagante

Haverá um dia
Em que as cores virão
Pode ser um dia de verão
Ou mesmo numa noite fria

O tradicional vazio no peito
Tem me encontrado como eleito
Mas onde bate um coração
Faz-se da força a emoção


P.S.: Para aquele que ler estas palavras seja consolado, porque não há mal algum que seja eterno.
Não importa quão obscuro seja seu passado. O importante é quanto da escuridão você converte em luz. A.B.