Quanto mais penso
Mais se torna denso
Por mais que eu finja
Mais se torna cinza
Com o cérebro amarrado em correntes
Buscando encontrar alguma cor
O ser deprimente
Só encontra a dor
Sentenciado, abençoado ou mais um
Como poeira do universo
Resta-me escrever mais um verso
Sem um senso comum
Antes e depois sempre o mesmo
Criatura sem criador
Jogado a esmo
Falando palavras presas ao dissabor
A ruptura abrupta de uma mente
Cuja causa se faz distante
Faz-me chorar constantemente
Ora sorrindo, ora vagante
Haverá um dia
Em que as cores virão
Pode ser um dia de verão
Ou mesmo numa noite fria
O tradicional vazio no peito
Tem me encontrado como eleito
Mas onde bate um coração
Faz-se da força a emoção
P.S.: Para aquele que ler estas palavras seja consolado, porque não há mal algum que seja eterno.