No espelho penso ver a verdade
De algo nada animador
Que sempre foge a realidade
Trazendo de volta minha eterna dor
Do meu templo nada restou
Além de santos espalhados
Em vários espelhos espelhados
Que minha alma abandonou
Está aqui meu corpo
Sentado como Buda
Esperando um retorno
Levando minha vida fajuta
Flores lindas já foram um dia
Aquelas que velam meu pesar
Foram elas testemunhas mudas por azar
Que viveram meu dia a dia
Coloco o crucifixo onde deve estar
Para que um dia eu volte a rezar
Aliviando assim o que dói tanto
Enxaguando assim o meu pranto