segunda-feira, 7 de julho de 2008

Revelações do seu mundo

Dê-me uma caneta e um papel e eu te darei um mundo novo.

Escreverei até sobre seus sonhos mais ocultos
Até mesmos os vulgos
Revelarei suas fantasias
Causar-te-ei histeria
Não terei pudor
Mesmo que cause dor
Buscarei ser claro
Sem atraso


Percorrerei cada labirinto da sua mente
Mesmo demente
Solucionarei seus mistérios
Mesmo incrédulo
Após seus adultérios
Os mais malévolos


Retalharei seus pensamentos
Vou vasculhar seus argumentos
Farei da sua vida
Um quebra-cabeça montado
Sem retardo
Todas as feras abatidas


Sou a voz do seu diário secreto
Trago a vida o monstro descoberto
Suspiro horrores ao seu ouvido
Vou ao seu íntimo
Causo feridas à suas dores
Sou o Calígula na sua torre
Mesmo a sete palmos
Arranco aplausos


Não vim aqui para falar a verdade
Mesmo com sinceridade
Escondo meu jogo
Causo-te nojo
Somei seus pecados
Vi o estrago


O brilho do seu sol
Pintei de negro
Maculei seu puro desejo
Do seu mais belo mol-
de de estátua
Fiz pedaços para sua mágoa


Você se pergunta
Quem sou eu
Eu vivo no seu breu
Vivo em tormenta
Não sou a realidade
Nem o pesadelo
Vivo do ensejo
Da sua falsidade
Sou seu verdadeiro eu
Aquele que você pensa que morreu

Um comentário:

HAMILTON BRITO... disse...

Gostei muito...vc é o Caligula da torre...rapá, este cara bagunçava pra daná mas ele fazia as orgias ao rés do chão...brincadeirinha a parte, muito bonito e profundo.